Nova Veneza
Uma operação da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) apreendeu agrotóxicos contrabandeados e interditou uma lavoura de arroz em Nova Veneza, no Sul do Estado. A ação foi em conjunto com a Polícia Federal e Polícia Ambiental, e envolveu cerca de 20 pessoas. Cinco equipes percorreram dez propriedades rurais da cidade, e em pelo menos três foram encontrados produtos ilegais foram encontrados dezenas de herbicidas e fungicidas de origem chinesa e indiana. A suspeita é que esses produtos, que são vendidos por contrabandistas de porta em porta, entrem no país pelas fronteiras do Uruguai e Paraguai. O comércio formal de produtos agrícolas não tem nenhuma ligação com esses defensivos, reforçaram os fiscais da companhia.
— O produto contrabandeado não é fabricado dentro das normas da legislação brasileira, que é uma das mais avançadas do mundo. Esses produtos vem em língua estrangeira, o agricultor ao adquirir não recebe nenhum tipo de assistência técnica, se vier a ocorrer algum tipo de intoxicação a linguagem que está na embalagem é estrangeira, às vezes não há nem antidoto para aquele princípio ativo, além de não sabermos a composição daquele agrotóxico, que podem conter produtos químicos não autorizados para serem usados no Brasil — explica o gestor da divisão de fiscalização de insumos agrícolas da Cidasc, Matheus Mazon Fraga.
Recebemos uma denúncia que produtores dessa região utilizavam muito agrotóxico contrabandeado. A gente não sabe quais malefícios esses produtos sem controle podem causar, quanto de residual pode ter no grão, então deve ser evitado ao máximo. Além de infringir a legislação de agrotóxicos, infringe a ambiental e também a legislação de contrabando e descaminho — reforçou o engenheiro agrônomo e fiscal da Cidasc da regional Criciúma, Clóvis Paes.
O envelope pequeno do agrotóxico apreendido, ao ser diluído em água, pode ser aplicado em uma área de três hectares, por exemplo. Ao todo, o produto encontrado em uma das propriedades era suficiente para cobrir uma área de até 150 hectares. Os proprietários que tiveram embalagens ou insumos encontrados nas propriedades irão prestar depoimento à Polícia Federal.
Uma das lavouras foi interditada e o arroz será levado para análise, para saber que tipo de resíduos estão presentes no grão e se ele é seguro para consumo. Caso os testes em laboratório demonstrem que não há segurança, toda a produção de cerca de 5,2 mil sacas de arroz deverá ser descartada.
Fonte: Diário Catarinense
Lariane Cagnini / Diário Catarinense
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