Passado e Presente Juntos em Visita ao Maior Sambaqui do Mundo

Jaguaruna

Numa parceria entre comunidade escolar e empresa privada, a EBM Profª. Dalcy Ávila de Souza e a Empresa SIBELCO, através da turma do 6º ano 02, realizam visitação nas dependências da Empresa e no Sambaqui de Garopaba do Sul.
Desde o inicio do ano letivo vem sendo realizada entre escolas do município e a empresa Sibelco uma parceira onde através dos trabalhos da Educadora Patrimonial Mayla Steiner e a turma do 6º ano 02 a questão de preservação patrimonial vem sendo discutida. Os trabalhos sobre o tema entram em culminância também com o Cronograma anual dos 6º anos do Ensino Fundamental, os quais na referida escola estão a cargo da Professora de História Maria Aparecida Teodoro, a qual também acompanhou a visita.
Segundo a professora Cida ( como é conhecida entre todos) “como professora observei que a turma que participou da viagem veio trouxe consigo uma carga de conhecimento muito grande, pois teve um contato real com os Sambaquis, que tanto são falados em sala de aula. Além disso, pareceu-me que os laços entre professor e alunos se fortaleceram mais, pois senti os alunos mais a vontade para questionar. Foi nítida a diferença entre a turma que vem participando do projeto e as que não estão. Pareceu-me que estes que não participaram da viagem não se apropriaram tão intensamente dos conceitos quanto os que foram. Por essa razão penso ser necessário esse tipo de atividade extracurricular para uma escola dentro do processo de inovação.”
O objetivo dos trabalhos é o de despertar nos estudantes a prática da preservação patrimonial não só dos Sambaquis, mas também de tudo que está relacionado ao Patrimônio Artístico e cultural do nosso país. Os trabalhos também fazem parte do cronograma de Monitoramento arqueológico realizado pela empresa Espaço Arqueologia no empreendimento de mineração de areia realizadas pela multinacional Sibelco no município de Jaguaruna.
Num primeiro momento foi feita a parada na sede da empresa, onde os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as instalações da empresa e qual a finalidade do material extraído. Após conhecer a empresa os mesmos foram recepcionados com um delicioso café e, em seguida se dirigiram para o Sambaqui.
No Sambaqui, foram instigados pela Educadora Mayla a observar a paisagem e instigados a dizerem o que viam. Em seguida, foi relembrado que os sambaquieiros eram pescadores, associação facilitada através da observação do ambiente aquático tão próximos do olhar. Foi percebido, também, que as casas atuais seguem a mesma lógica geográfica da ocupação dos sambaquis, confirmando o ambiente propício a moradia e a fonte de alimentos.
Mayla Steiner, aproveitou a análise para relembrar as datações para aquele sítio arqueológico, e muitos se mostraram surpresos com sua antiguidade. Na sequência, foi conversado sobre artefatos arqueológicos e as espécies encontradas em alguns sambaquis. Como exemplo, foi citado os dentes de tubarão e como provavelmente eram obtidos, conversaram sobre os sepultamentos, e como geralmente são encontrados pelos pesquisadores.
Para os alunos a visita “foi muito interessante, porque só ler e ver as imagens não é tão importante quanto estar no lugar onde as coisas aconteceram. E além disso, quando a professora fala de preservar não entendemos, mas quando vivemos a realidade ai entendemos que é preciso cuidar mais do nosso lugar.”
Segundo a Educadora Patrimonial Mayla “momentos como estes de visita, a partir da observação direta, é possível relacionar os conteúdos introdutórios dialogados em sala com o contexto encontrado em campo, possibilitando aos estudantes uma abordagem mais ampla e instigante.” A mesma ainda relatou que o mesmo cronograma foi seguido com todas as turmas das escolas que estão participando do projeto.
“ No Sambaqui os estudantes foram instigados a apreciarem a paisagem e refletirem sobre o modo de vida dos sambaquieiros. Vez ou outra, algum jovem questionava sobre algo específico: “como conseguiram juntar tantas conchas no mesmo local?”, ou “como eles viviam ali em cima”? A conversa foi mediada de modo a fazer com que desenvolvessem hipóteses de resposta, aproveitando os questionamentos para, mais uma vez, relembrar as temáticas discutidas em sala de aulas”, finaliza a Educadora.
“Os estudantes de hoje, desde o início da vida escolar, vivem cercados por tecnologia e têm acesso aos mais diversos tipos de conteúdo e informações, de forma rápida e em qualquer lugar. Muitas vezes se distanciam da realidade e atividades como estas fora de sala de aula, no mundo real buscam , portanto, fornecer ferramentas para, entre outros pontos, estimular a capacidade de pensar, refletir e desenvolver ações de conservação como neste caso do Patrimônio Cultural através da Preservação do Sambaqui. Nossa escola está de portas abertas para outras entidades que busquem promover em parceria com a comunidade escolar meios para que nossos estudantes possam aprimorar seus conhecimentos”, ressalta a Diretora da escola, Carla Ricardo, agradecendo a empresa Sibelco pela oportunidade oferecida ao 6º ano 02.
FONTE: Equipe diretiva EBM. Profª. Dalcy Ávila de Souza

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