Foragida por desfigurar e esconder corpo da ex-namorada é presa em Florianópolis
Polícia Civil encontrou suspeita de matar ex-namorada em prédio nos Ingleses; corpo da vítima foi encontrado dez dias depois do crime, em um galpão
A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (18), em Florianópolis, uma mulher, de 34 anos, que estava foragida após ter prisão temporária decretada. As investigações a consideram responsável pela morte da ex-namorada, a operadora de telemarketing Sandra Santos Castilho, de 22 anos.
O caso ocorreu em março de 2020, em Itaquaquecetuba, município de São Paulo. Na ocasião, o corpo da jovem foi encontrado desfigurado em um galpão dez dias depois do crime, em estado avançado de decomposição. Ela foi assassinada após terminar o relacionamento com a suspeita, segundo as investigações.
De acordo com o delegado Rubens José Angelo, do SHPP (Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Delegacia de Polícia de Mogi das Cruzes, a autora do crime não aceitava o término, além do fato da ex-namorada ter uma segunda companheira.
O desaparecimento de Sandra Castilho foi notificado no dia 20 de março, uma dia após o rompimento. No dia, ela tinha ido ao trabalho, na capital São Paulo. Entretanto, ela não voltou mais para a casa da tia, com quem morava.
O corpo foi encontrado dez dias depois – nu e com um espeto de carne ao lado dos órgãos sexuais, detalha o delegado. Ela estava em um galpão próximo da sua casa. Devido ao estado de decomposição, não foi possível identificar a causa da morte.
A suspeita será indiciada por feminicídio qualificado, visto que a morte se deu no contexto de um relacionamento afetivo. A situação configura crime de gênero, assinala Angelo.
Autora se mudou para os Ingleses
Durante o início das investigações, a autora do crime estava no Rio de Janeiro, onde mora a família. Ela se mudou para Florianópolis sem avisar os policiais. Há cerca de duas semanas, na ocasião em que a Justiça decretou prisão temporária, Angelo acionou o delegado André Marafiga, da delegacia da Capital (Continente).
Indícios apontavam que a suspeita estava no Norte da Ilha de Santa Catarina, morando com uma companheira. “Na semana retrasada realizávamos as buscas, mas não tínhamos endereço. Ontem [terça-feira] ficamos sabendo a região onde ela estava”, afirma Marafiga.
Após uma série de diligências, encontraram ela na casa da filha. A suspeita foi conduzida ao presídio feminino de Florianópolis, onde aguardará transferência para São Paulo. A história do caso foi contada em detalhes em reportagem do Cidade Alerta, da RecordTV.
Fonte: ND +
